Termina a semana. Um destaque para a publicação de A Primeira Vez que Ouvi Latim, texto que andei escrevendo em 2002 e que revela a minha devoção pelos mitos que nos explicam - e tornam mesmo a nossa miséria um tanto mais bela.
sábado, agosto 19, 2006
sexta-feira, agosto 18, 2006
"O amor é grande mas cabe no breve espaço de beijar." (Carlos Drummond de Andrade)
Obs.: Aliás, para muitas galerias de Josie Maran, vá clicando aqui, aqui ou aqui.
Utopia.
Enfim.
quinta-feira, agosto 17, 2006
Dinheiro... Carros.. Mulheres..
Um velho clássico do todo perturbação Pica-Pau. Aproveite e visite um ótimo arquivo de Walter Lantz, criador deste e de muitos outros personagens coloridos e inteligentes.
Há portas e janelas.
quarta-feira, agosto 16, 2006
Julie existiu.
Acreditem, Julie London existiu. E não bastasse tanto, tem uma das melhores versões de Cry me a river.
Nudez argentina.
Conheça a extensa obra do jovem fotógrafo argentino Walter Bosque. Muita nudez. Quem andar avesso à nudez feminina, que fuja da galeria. Aliás, foi-me dito estes dias algo como "este blog tem muita mulher pelada". Ora, cabe aqui uma rápida explanação. Para que serve um blog? Bem, é a mídia pessoal. Único lugar público que cabe a qualquer um. Você diz. Eu digo. Todos dizem. O que bem nos aprouver - apesar de um nem sempre útil patrulhamento. Se o eventual interlecutor não nos apreciar, vai logo clicando noutros cantos. Sem culpa ou desaforo. Respondida a primeira pergunta, respondo a segunda sem mesmo apresentá-la: desde o berço eu tenho devoção pelas mulheres - os totens reais da Terra. E da mesma maneira que um poema, um belo afresco de Rafael, os traços de Will Eisner, a simples visão da beleza feminina já me deixa ligeiramente embriagado. E terceiro e último: estranho seria se eu não colocasse mulheres nesta página. Se acontecer, façam o favor de me chamar num canto e perguntem, suavemente: "existe algum problema?". E ninguém pode negar que neste blog sempre há o devido deferimento.
P.S.: Estou vendo a final de Libertadores e uma pergunta me vem: por que cargas d'água o povo do Sul gosta tanto de chimarrão? Deve ser porque bebem desde pequinos e aquilo que a gente toma quando criança, vai acabar gostando depois. Somente isso explica certas porcarias que a gente bebe, e defende, como café com leite, chás amargos e Q-Suco.
Um viva aos paradoxos!
Paradoxalmente, essa coisa torta de ficar comparando obras de arte como se fossem laranjas não é coisa que me agrade sempre. Apesar de dizer e jurar de pé junto que o livro de novelas Corpo de Baile é uma coisa melhor que qualquer coisa que Günter Grass ou Samuel Beckett já sonharam em fazer na vida, e dizer aos quatro cantos que Grande sertão: veredas é comparável, em beleza e profundidade, à Divina Comédia, de Dante Alighieri, sei bem que estas comparações são injustas. Alguém poderia dizer que um hífen de Shakespeare é melhor que tudo que já escrevi e ainda vou escrever nesta vida. Eu responderia: merda! Shakespeare não nasceu em Osasco, não trabalha como funcionário público da Justiça Federal e nem morreu mil vezes de tédio. Natural que tudo seja realmente diferente. Assim, meio que rebolando no paradoxo, afirmo e reafirmo a hierarquia das coisas.
Uma sacada fundamental é aceitar que paradoxos estão em tudo e todos. Esta é lei primeira. Agora há pouco por exemplo, num rápido passeio, desta Praça da República, lugar em que trabalho, até o Sindicato Brasileiro de Autores Teatrais, localizado na velha Avenida Ipiranga, fui tomado por diversas não-conclusões. Uma velha bem vestida e magra pediu-me dinheiro. Não estivêssemos ao lado de uma dezena de Bingos, eu teria alguma pena dela. Uma mendiga das mais extrovertidas cuspia nas costas de uma pouco atenta transeunte. Sei lá. coisa de mendiga. Moças entregavam folhetos que diziam: compre uma cerveja e ganhe uma c*. Sei lá. Coisas destas casas de perversão inocente e pobre. Como diria uma personagem minha, "perversão sem elegância é um nojo". Vi também... Deixa pra lá. Nada novo.
Soul, jazz.
terça-feira, agosto 15, 2006
O iluminado.
Que nada.
Dianae.
Seguindo com a semana dedicada às vozes femininas do Jazz, Diana Krall interpreta Devil May Care, delicioso clássico de Johnny Burke and Harry Warren. E para que não pense, querido visitante, que sou de me deslumbrar com facilidade, veja o vídeo e depois repita comigo: "Que maravilha!".
Devil May Care
No cares for me
I'm happy as I can be
I learn to love and to live
Devil may care
No cares and woes
Whatever comes later goes
That's how I'll take and I'll give
Devil may care
When the day is through, I suffer no regrets
I know that he who frets, loses the night
For only a fool, thinks he can hold back the dawn
He was wise to never tries to revise what's past and gone
Live love today, love come tomorrow or May
Don't even stop for a sigh, it doesn't help if you cry
That's how I live and I'll die
Devil may care.
(Johnny Burke and Harry Warren)
Tendinite de outrora.
Na minha tão imaculada infância, pouco sabia sobre talento. Ou sobre nada, creio eu. Mas desde os seis ou sete anos eu já bem desconfiava que esse tal Jack Kirby era um desenhista espetacular. Eu fui daqueles alfabetizados por gibis e, entre outros, Jack Kirby me mostrava mesmo um mundo de um colorido e forma que deveriam, segundo aquela minha filosofia insipiente, ser o colorido e a forma deste mundo real. Imaginava pais, primos, vizinhos com os traços de Kirby, casas e ruas e tudo o mais (Quanto às as mulheres, as belas tão somente, deveriam todas ser desenhadas por um outro sujeito, da qual falarei na próxima semana). Minha devoção pelos quadrinhos, à época, era tanta que vez ou outra eu sentia algumas dores no braço, de tanto me apoiar nos cotovelos... daquele jeito quase oficial de ler gibis. Era uma quase tendinite de uma época em que não havia ainda um corpo que começa agora a cair pelas tabelas. Hoje os gibis são de outro formato, há um monitor à minha frente e eu já estou quase desalfabetizando. Mas o jeito de apoiar a pesada cabeça nos cotovelos... Hum... Não há muitas galerias organizadas - ou não tive a sorte de encontrá-las. Aqui estão algumas, onde o leitor curioso poderá saborear um pouco da obra deste mestre: aqui, aqui, aqui e aqui. Vale mesmo uma visita ao ótimo Marvel Masterworks. E se algum leitor eventualmente souber de algum outro bom sítio, com a obra de Kirby, deixe abaixo o seu precioso testemunho.
segunda-feira, agosto 14, 2006
Duo de gente grande.
Sem meias palavras, Billie Holiday, canta The Blues are Brewin'. E vem acompanhada do negrão mais invocado daquela Nova Orleans.
Diversão Masoquista
domingo, agosto 13, 2006
Nancy.
Agora á vez de Nancy Wilson e uma delicada A Song For You. Aproveite e visite seu sítio oficial, onde inclusive ouvirá um bom punhado de suas poderosas interpretações.
Paris-Lapa (Via Centro).
A beleza está em todo canto. Mas bem que Paris poderia ficar entre Ibiúna e Piedade. Seria só passear atento pela Raposo Tavares e depois descansar, bebendo um forte café, naquele bom lugar que é a Torre Eiffel. Ou melhor ainda seria se ficasse aqui ao lado, no lugar que é Carapicuíba, cidade das desilusões estéticas. Aqui, sítio oficial da citada torre. Veja também o suntuoso FromParis, que tem imagens de toda a distante Paris.
Nota Explicativa
Este blog tem tão somente duas funções:
- O lugar onde deixarei, de modo agradável, tudo aquilo que escrevo e preciso eventualmente mostrar a alguém. Até o final do ano tudo estará aqui, todas as vírgulas. Assim aquela coisa de imprimir, grampear, sedex será bem aposentada. E os livros não publicarei tão cedo. Eventualmente, alguém, por motivos seus, me dá a honra de sua preciosa atenção. Mas não tenho ilusões. Sou um macaco velho e desdentado.
- O lugar onde a minha criatividade se masturba. Só. Vou postando aleatóriamente aquilo que eu bem gostaria de ver postado em alguns blogs. Aquilo que me parece bom, de que tipo for. Eventualmente, alguém, por motivos seus, me dá a honra de sua preciosa atenção. E curte comigo as mesmas paradas. Mas não tenho ilusões. Tenho lá gostos extravagantes para os olhos de muita gente."
Quem é que passaria mais de quatro minutos ouvindo e vendo a santificada Nina Simone? Hum... Seguindo com a semana de divas do jazz, ouça I love you, Porgy.
Ora, sobrevivente leitor, deixe abaixo um testemunho. Okay, I'm a dreamer. But I'm not the only one.
Linha Imaginária.
Obs.: alguns leitores olharão para a tela e dirão, estupefatos, "ah! preto e branco! Que chato!". Que fechem então os malditos olhos e ouçam, sem pressa, a voz da sapiente Ella.