Seguindo com as diversas publicações que farei por este semestre de 2024, um livro de crônicas que partem do futebol.
Infelizmente, as decisões editoriais deste livro o limitam. Digo, era inevitável que ele tivesse essa identidade visual, visto que nasceu dentro de um portal jornalístico dedicado a noticiar sobre o Flamengo e, afinal, não poupo nos sentimentos e delírio de um flamenguista.
Fica a sensação que é livro para fanáticos torcedores do Flamengo e interessados num período específico da história. Mas não é.
Em verdade, poder agradar até quem odeia o futebol, se gostar de crônicas. E creio que a maioria das crônicas sejam atemporais. O que me interessava era tratar de tudo o que cerca a relação emocional com o esporte, os lugares-comum ou o comportamento alheio.
No prefácio de "Orra, é Mengo!", o brilhante editor-chefe do portal MRN, Diogo Almeida, assim descreve:
"As crônicas de Gerri Rodrian são genialmente esquisitas para o mundo do futebol. E foi exatamente por isso que eu as considerei tão necessárias. Como bom mercador de arte que sou, antevi um blogueiro rubro-negro raiz e doido de pedra se apresentando para jogar.
Seria diferente de tudo que eu já tinha lido ou publicado no ramo. E assim, por um breve período, obtive o mais onírico e interessante conteúdo sobre o maior clube do mundo a meu dispor e antes de todos. Tudo que Gérri escreveu no seu "Orra, é Mengo!" é delicioso ao paladar. Foi a primeira vez que consegui sentir o cheiro das coisas sobre o Flamengo. Profano e sagrado se objetificam entrelaçados entre os clichês da bola, numa relação de amor e ódio pelo ludopédio em si.
Talvez alguém já tenha sintetizado todo meu sentimento como arte underground. E com certeza é isso".
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