sábado, fevereiro 24, 2007

Verde e amarelo.


Com uma bela imagem da modelo Geena Lee Nolin, um fim para esta semana sem tragédias, só de Carnaval, o qual me parece ter a força de parar inclusive a bandidagem. A próxima semana já deverá nos trazer alguma nova medida do Governo, do PCC ou do sistema financeiro para nos piorar a vida.

Saturday night live.

Pra encerrar a acalorada semana, duas ótimas oportunidades para que neófito musical conheça um pouco de Stevie Wonder. No primeiro vídeo, Wonder canta Yester me, Yester you, Yesterday. Genial. Depois, um divertido medley que Cher, naquele seu programa dos anos 70, fez com famosas canções de Wonder. No mínimo, divertido. Mas é bem mais, muito mais.


Loucura lúcida.


Em Cover Browser, todas as 500 capas da revista Mad editada nos EUA. São 55 anos de crítica aos costumes, à moral e à pouca lucidez do povo da América do Norte. E creio até que não haja magazine mais observador e sincero. Passeie pelas tantas e tantas capas e perceba o quanto as últimas décadas têm sido hilárias, beirando por vezes o ridículo.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007


Excelente coletânea de dunks da NBA.

Quando o blogueiro, afinal, apela.

Frank Sinatra e Tom Jobim cantam Garota de Ipanema.

26

Ouçamos a última participação do grupo inglês Queen nesta lista pessoal, ocupando agora a 26ª colocação entre as cem que mais me comoveram nesta vida de comoções diversas. Flick of the Wrist é uma belezura, uma dinamite. E tem uma letra bem interessante. É certamente a canção que mais gosto, entre tantas, na boa discografia do Queen.



Flick of the Wrist

Dislocate your spine if you don't sign
He says I'll have you seeing double
Mesmerize you when he's tongue tied
Simply with those eyes oooh
Synchronize your minds and see
The beast within him rise

Don't look back, don't look back
It's a rip off
Flick of the wrist and you're dead baby
Blow him a kiss and you're mad
Flick of the wrist, he'll eat your heart out
A dig in the ribs, and then a kick in the head
He's taken an arm and taken a leg
All this time honey, baby you've been had

Intoxicate your brain with what I'm saying
If not you'll lie in knee deep trouble
Prostitute yourself he says
Castrate your human pride oooh
Sacrifice your leisure days
Let me squeeze you 'till you've dried

Don't look back don't look back
It's a rip off
Work my fingers to my bones
I scream with pain I still make no impression
Seduce you with his money make machine
Cross collateralise big time money money
Reduce you to a muzak fake machine
Then the last goodbye, It's a rip off

Flick of the wrist and you're dead baby
Blow him a kiss and you're mad
Flick of the wrist he'll eat your heart out
A dig in the ribs and then a kick in the head
He's taken an arm and taken a leg
All this time honey baby you've been had

(Freddie Mercury)

Acidente.


Esbarrei-me há pouco com Geena Lee Nolin, atriz e modelo americana. Nada fez de relevante. Mas se eu também nada fiz, como posso julgar mal uma atriz que me parece inclusive esforçada, vaidosa e atenta aos cuidados com o corpo?



E teria inclusive um punhado de retórica para justificar a postagem mas, no televisor, um brilhante episódio do South Park me rouba completamente a atenção. E tudo ficará assim, como está. Sem pé. Sem cabeça.


quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Mais projeto.

Já que estamos aqui, nesta quinta-feira ensolarada, e nada surge de realmente novo para nos animar, vejamos mais duas obras de Alan Parsons Project. Em apresentação ao vivo, em 2004, Time e Sirius - num pequeno revival da banda, com vocais novos, uma vez que Alan Parsons aparenta ter perdido parte de sua voz. Aliás, vale sempre dizer que Parsons foi um genial engenheiro de som, tendo participado da produção de Abbey road e Dark side of the moon, pra ficar somente no óbvio. Ou seja, caro leitor, não se trata mesmo de nenhum bobo.


Projeto.

Ouçamos Don't Answer Me, do discreto grupo progressivo Alan Parsons Project. Discreto, sim. Mas muito bom. Tal qual o vídeo abaixo, em que cartoons tomam vida - coisa em moda naquela época em que a MTV surgia e crescia. Como diria um amigo: "Ó céus! se até a MTV se pauteriza, que nos restará!". Pois é, caro leitor. Hoje a MTV brasileira tem gente falando de mais e demais - quando é que se ouve música? Quando é que se vê Alan Parsons Project? Quando é que se vê um velho videoclipe? Ora, deveria alguém criar a MTV Cult - emissora que eu certamente acompanharia. Já devo ser muito velho para a adolescência na televisão brasileira.

A diretoria.


Em 1991, Ridley Scott lançava seu sétimo filme, Thelma & Louise, obra emblemática e importante para a sua cinebiografia. O filme, afinal, não me parece nenhuma maravilha. Mas traz Susan Sarandon e Geena Davis em comedidas atrapalhações mandando a vida à merda. Ninguém poderá negar que se trate de uma obra marcante e em total sintonia com o início da década de 90, em que as conquistas pela liberdade, fruto de árduas batalhas morais e ideológicas ao longo dos anos 60 e 70, resultaram também em inconveniente desapego.

Trata-se do suicídio coletivo mais famoso da história do cinema, numa obra que envelheceu ou perdeu muito de seu sentido... Ou não. Como escrevi há alguns dias, o sobe e desce dos entendimentos pode bem voltar a elevar Thelma & Louise a diferente status. Se pudermos, naturalmente, ignorar a trilha sonora deslocada e os bobos moralismos de personagens que jamais foram ou serão revolucionários, ambígüos ou subversivos. Apenas levemente tolos e incoerentes - tal qual a grande maioria da humanidade.


quarta-feira, fevereiro 21, 2007

O método revelado.

Não sei ao certo o que se passa na cabeça de muita gente, mas é divertido perceber o quanto aquela tal história de círculo da fortuna vale mesmo para o mundo da música. O que num dia é cult, no outro é pop, no outro é brega, no outro volta a ser cult. E eventualmente surge o limbo. Raul Seixas, hoje, vive uma espécie de limbo autorequisitado. Parece não querer fazer parte com a pobreza de tudo o que há nesta década. Osvaldo Montenegro, jamais no limbo, mas sempre devidamente distante da mídia, o que o torna ainda mais merecedor de elogios. Mas é bem certo que já foi cult, ganhando festival, cantando Agonia; foi pop cantando o que estava na novela. Foi brega depois, quando a canção - que era boa - começou a ensudecer o mundo de tantas desnecessárias execuções. Hoje o que é? Ora, grandes artistas são grandes não exatamente pelo êxtase, mas pela constãncia.

Djavan é outro grande músico que já esteve bem em todas as zonas do inconstante gosto popular. Há quem "deteste" Djavan, hoje. Mas grande parte destes raivosos ouvintes certamente gostariam de Djavan, não estivesse o cantor tão associado ao seu público... Não sei se me explico bem. Sou um sujeito de gostar teimosamente das coisas - não me confundo em preconceitos. Sou apaixonado demais pela arte para cometer a bobagem de vê-la com romantismo. Mas volto a dizer - se é que já disse - que muita coisa do que se gosta, se gosta não pelo objeto em si, mas pelo público que dele já gosta.

Lembro-me de um dia ter conhecido um sujeito de cabelos compridos, camisetas pretas e fama de mau, mesmo entre os maus muito maus do mundo de "metaleiros" que havia em Osasco, nos anos 80. Estávamos numa loja de discos e formentamos uma daquelas conversas sobre a "existência" somente possíveis numa loja de discos. O tal sujeito era um reconhecido especialista do Heavy Metal e suas infinitas vertentes. Era uma "autoridade", mesmo sendo tão repulsivo à idéia de que autoridades existiam. Era, enfim, um sujeito de acostumadas batalhas sangrentas, envolvendo Skin Heads e Rappers.

Confidenciou-me (e logo a mim que nem seu amigo era) que gostava mesmo era de Roberto. Que uma singela canção, tal qual O portão, poderia bem fazê-lo chorar. Contou-me tudo com um tipo de pesar pesado, comovente, quase como se reclamasse de uma injustiça da natureza humana. Como poderia revelar que o próprio preconceito o impedia de desavergonhadamente gostar de Roberto, como também o impedia de gostar de Luiz Gonzaga, Dick Farney ou Chopin? Apenas me pediu segredo. Logo a mim, que nunca soube o seu nome. Soubesse, teria revelado tal segredo a todo mundo. Como não revelar tão bizarra carapuça?


Ouvimos (e vimos) Djavan e a bela Lilás. E revelo, sendo este o método: procuro por algo que eu queria ver (ou ouvir) e penso depois no que possa escrever, a fim de justificar a coisa postada. Penso, escrevo, penso, escrevo... Quase num não pensar - mas tão somente escrever. Feito andar de bicicleta pensando no movimento das nuvens. Vez ou outra tropeço, bato a cara, mas me recomponho - com um pouco de técnica, um pouco de malandragem, todo texto se remenda.

Desejava justificar a presença de Djavan, por aqui, hoje, e acabei escrevendo o texto acima. Nem sei ao certo o que escrevi. E, no momento, não tenho lá muito interesse em saber.

Quarta-feira de cinzas. E cinzeiros.

Voltemos à atividade cotidiana, enquanto no televisor vejo Barcelona versus Liverpool, pela Copa dos Campeões da Europa. Em meu escritório, fumo um Marlboro do tipo azul e o vento que entra pela da janela é feito carinho de mãos espertas. Penso afinal que este blog deveria dedicar, vez ou outra, seu espaço também ao esporte. e isto será feito. Se gosto tanto de futebol, basquete, tenis e de outras atividades semelhantes, deveria eu também mostrar tanta coisa que certamente também é apreciada por todos os leitores desta revista virtual. E comecemos, então, inspirados pelo presente clássico europeu. Assistamos a duas coletâneas de goals de ambos os times. Clássicas imagens dos anos 80, do time da cidade que legou os Beatles para a história da arte, e grandes momentos de Diego Armando Maradona, quando camisa dez do time catalão.



Obs.: Meu primeiro dia oficial de férias. Nenhuma saudade sentirei. E mais me cresce a certeza de que trabalhar é uma triste escravidão ridiculamente remunerada.