Ah! Janeiro é mesmo um mês amarrotado de compromissos. E é quando a gente tenta se preparar para a longa caminhada anual. No entanto, sempre reclamei dessa coisa que a gente ouve de "ouvir dizer" e que muitos até, folcloricamente, assumem bem fazer: planejamento! Ora, não sei se é apenas comigo, mas a vida anda numa velocidade dos diabos que pouco me sobra tempo para as atividades mais triviais. Como planejar o futuro se estamos a nos equilibrar neste turbilhão que somente cessa quando a gente está a dormir ou quando nos pegamos tão cansados que é impossível pensar em seja lá o que for? Ora, sei lá como. E, ao menos aqui, os planejamentos parecem como as escolhas que fazemos diante de prateleiras de uma vídeo locadora. Olhamos a caixa, reconhecemos algum nome; pensamos no que nos diz a sinopse; procuramos por alguma cena que nos faça bem aos olhos. E escolhemos às vezes com certa insegurança, às vezes ignorantes e iludidos, às vezes bem satisfeitos e certos de que a melhor escolha foi feita. Mas nem sempre há Hitchcock e Billy Wilder disponíveis nas rasas prateleiras de locadoras.
Nem todo título obscuro é ruim. Alguns são maravilhosos. Nunca soubemos de sua existência ou nem jamais pensamos na hipótese, mas nos surpreendem com até algum exagero. Assim é essa tentativa vã e penosa de levar a vida como bem achamos correto. Num momento o espanto. Noutro a confirmação.
Nem todo título obscuro é ruim. Alguns são maravilhosos. Nunca soubemos de sua existência ou nem jamais pensamos na hipótese, mas nos surpreendem com até algum exagero. Assim é essa tentativa vã e penosa de levar a vida como bem achamos correto. Num momento o espanto. Noutro a confirmação.