Ufa! Esta capa me deu trabalho. Sobretudo pela escolha da imagem. Christina Aguilera é uma moça muito fotogênica e não me foi fácil... De qualquer forma, que ecoe pelo universo um protesto raivoso: como é difícil encontrar imagens em alta resolução!
sábado, agosto 18, 2007
quinta-feira, agosto 16, 2007
Teimosia neandertal.
Já não deveria querer, uma vez que os vídeos aqui funcionam por apenas alguns minutos. Logo os vídeos se estragam. É triste. Bem triste. Mas eu insisto e coloco uma outra cantora dos USA cujo repertório é até bem agradável. Nada que eu escute em casa, no carro ou no Ipod. Mas seus vídeos eu sempre revejo. Fergie e a canção Fergalicious, em versão remixada. Se não funcionar, que fique registrada a minha teimosia.
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Política, mistérios.
Não sou muito de discutir política. Nem gosto de quem viva a discutir, com razões a escorrer na saliva, com certezas de tudo e toda aquela convicção de saber o que é certo e errado. Não me apetece, é bem certo, discutir o que nos é mais misterioso que o Triângulo das Bermudas ou a construção das pirâmides de Gizé. Nada sabemos, nem temos desconfiança do que é realmente este apodrecido mundo da administração pública. Muitos xingam, fazem alarde, lembram-se das mazelas, das injustiças, torcem pela esquerda, pela centro-esquerda, pela direita conservadora, pelos salvadores, heróis de nossa gente, por aqueles cuja imagem represente alguma boa-aventurança. Mas além de meia dúzia de nomes e dados que a imprensa insiste em nos pintar, nada sabemos. A imprensa, aliás, toda ela, merece tanto a nossa confiança quanto o atual governador do Estado.
Não, eu não me convenço. Não vestirei jamais qualquer camisa, nem gritarei por qualquer sigla, pois nenhuma me parece traduzir a raiva que sentimos nós, os cidadão-idiotas-pagadores-de-impostos, nem jamais espero acreditar na palavra destes sujeitos-fantoches-representantes-de-gente-sem-nome. Nesta porcaria de país, estado, cidade - seja São Paulo, seja Osasco, seja qualquer outra, há mistérios e segredos que nunca nos serão revelados. De que nos adianta discutir?
Na página Galeria dos Governadores, pude rever o nome de todos aqueles que foram governadores, desde o meu insignificante nascimento: Laudo Natel, Paulo Egydio, Paulo Maluf, José Maria Marin, Franco Montoro, Orestes Quércia, Luiz Antônio Fleury Filho, Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra. E eu me pergunto, afinal: isto explica alguma coisa? Este canto do mundo é uma porcaria por responsabilidade destes representantes? Ora, o que sabemos disso é nada.
Apenas grita e joga pedra quem tem interesse próprio, quem anda de mãos dadas, ganhando alguns trocados seja lá por que meio. Quem ganha seu sustento longe das ilegalidades da política, mal saberia o que gritar. E nestas últimas semanas, por coincidência talvez, tudo tem me parecido piorado. Mais inocentes mortos, mais sujeira pelas ruas, mais miseráveis e mendigos a deitar pelas calçadas e praças, mais mascates vendendo porcarias, mais poluição, mais engarrafamento, mais gente nascendo, mais impostos, mais uma infinidade de peso pra se levar nas costas.
E eu me pergunto, afinal: quem é que tem razão? Quem é que determina mesmo o rumo de tudo por aqui? Ah! Nestas horas em que eu me vejo irritado, sempre acabo por me lembrar dos tempos em que eu era uma criança pouco desconfiada e um certo professor de geografia nos aconselhava a nos tornarmos "pessoas esclarecidas". Tornei-me esclarecido, conforme o conhecimento de muitas ciências e literatura. Mas a cada hora de esclarecimento, mais confusão eu noto no mundo subterrâneo da governança.
Não, eu não me convenço. Não vestirei jamais qualquer camisa, nem gritarei por qualquer sigla, pois nenhuma me parece traduzir a raiva que sentimos nós, os cidadão-idiotas-pagadores-de-impostos, nem jamais espero acreditar na palavra destes sujeitos-fantoches-representantes-de-gente-sem-nome. Nesta porcaria de país, estado, cidade - seja São Paulo, seja Osasco, seja qualquer outra, há mistérios e segredos que nunca nos serão revelados. De que nos adianta discutir?
Na página Galeria dos Governadores, pude rever o nome de todos aqueles que foram governadores, desde o meu insignificante nascimento: Laudo Natel, Paulo Egydio, Paulo Maluf, José Maria Marin, Franco Montoro, Orestes Quércia, Luiz Antônio Fleury Filho, Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra. E eu me pergunto, afinal: isto explica alguma coisa? Este canto do mundo é uma porcaria por responsabilidade destes representantes? Ora, o que sabemos disso é nada.
Apenas grita e joga pedra quem tem interesse próprio, quem anda de mãos dadas, ganhando alguns trocados seja lá por que meio. Quem ganha seu sustento longe das ilegalidades da política, mal saberia o que gritar. E nestas últimas semanas, por coincidência talvez, tudo tem me parecido piorado. Mais inocentes mortos, mais sujeira pelas ruas, mais miseráveis e mendigos a deitar pelas calçadas e praças, mais mascates vendendo porcarias, mais poluição, mais engarrafamento, mais gente nascendo, mais impostos, mais uma infinidade de peso pra se levar nas costas.
E eu me pergunto, afinal: quem é que tem razão? Quem é que determina mesmo o rumo de tudo por aqui? Ah! Nestas horas em que eu me vejo irritado, sempre acabo por me lembrar dos tempos em que eu era uma criança pouco desconfiada e um certo professor de geografia nos aconselhava a nos tornarmos "pessoas esclarecidas". Tornei-me esclarecido, conforme o conhecimento de muitas ciências e literatura. Mas a cada hora de esclarecimento, mais confusão eu noto no mundo subterrâneo da governança.
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quarta-feira, agosto 15, 2007
Utopia.
Nas horas em que me vejo pisando num chão de piso ruim, mais eu gosto de arte clássica. Mesmo porque o romantismo exacerbado que rola nas minhas veias me faz correr em fuga para outro canto do universo espaço-temporal, fugindo desta modernidade de nenhum limite e muitos paradoxos. Há alguns anos, inclusive, sonho com o dia em que terei em casa um complexo sistema multimídia, com projetor de imagens de, por exemplo, Paris Bordone, e sinfonias de Mozart a surgir pela casa, um segundo após eu abrir o cadeado que protege o meu pequeno feudo burguês - e tenho por pressuposto que o meu imaginário leitor sabe bem o que significa burguês, distante daquela empobrecedora definição marxista de tudo. Nada pior que o maniqueísmo, neste dias difíceis.
Nem todos os humanos são assim, de querer correr para longe, quando o mundo nos intensifica a raiva. Alguns ainda preferem a televisão, a novela moderna, as fantasias cuja cara é reconhecível com naturalidade. Outros querem os narcóticos de geladeira, outros o sono de sonhar bastante. Assim cada qual vai ter sua utopia de mundo com cores diferentes, seu paraíso que nunca chegará.
Minha utopia de querer que a cidade seja tomada por flores - imagem neurótica de minha cabeça, presente em grande parte de tudo o que já escrevi, não passa de uma utopia de grande cretinice. Sei bem. Mas quando me vejo pisando em chão duro, ruim de pisar, a utopia da arte espalhada me toma. nem sei ao certo o porquê. Sei apenas que a miséria é a antítese perfeita da arte.
Nem todos os humanos são assim, de querer correr para longe, quando o mundo nos intensifica a raiva. Alguns ainda preferem a televisão, a novela moderna, as fantasias cuja cara é reconhecível com naturalidade. Outros querem os narcóticos de geladeira, outros o sono de sonhar bastante. Assim cada qual vai ter sua utopia de mundo com cores diferentes, seu paraíso que nunca chegará.
Minha utopia de querer que a cidade seja tomada por flores - imagem neurótica de minha cabeça, presente em grande parte de tudo o que já escrevi, não passa de uma utopia de grande cretinice. Sei bem. Mas quando me vejo pisando em chão duro, ruim de pisar, a utopia da arte espalhada me toma. nem sei ao certo o porquê. Sei apenas que a miséria é a antítese perfeita da arte.
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Nervos de Aço.
Não é a primeira vez que que alguém reclama particularmente da poluição desta cidade. Nem é a primeira, nem a última, que eu, com a minha meia dúzias de palavras amofinadas, faço alguma reclamação. Mas como é que eu calaria se há horas em que meus nervos ficam atônitos? Ontem o cheiro que exalava o vagão de trem era algo assustador. Pra quem já se acostumou, menos mal. E eu, mesmo acostumado, ainda me enervo, enojo. E o som ensurdecedor do trem velho, dos ambulantes deseducados e desesperados, a gritar nos seus ouvidos num bemol de causar tontura? Como é que se suporta? E depois dos trens, a avenida para o ônibus: um cheiro de fumaça grossa a envolver a cabeça, a irritar os olhos. Ah! A náusea era forte e aquecia minhas narinas com tanta secura e azedume. E aqueles muitos carros, ônibus, tanto som de motor, tanta aceleração, tantas buzinas inúteis. Como é que se suporta esta vida? Depois um ônibus, balançando-nos e nos levando aos montes por entre as ruas esburacadas de uma cidade que parece ter sido vítima de uma guerra civil.
E eu lhes pergunto: como é possível se viver neste caos? O cansaço me arrastou à minha casa, onde me sentei no sofá e meu corpo pareceu pesado e espancado por mãos de boxeador treinado. Eu estava cansado, como se tivesse passado a tarde a carregar pedras por algum descaminho. Mas carregava comigo apenas o estresse e a sujeira de um mundo contaminado de gente, cuja população é seis, sete vezes maior que o cabível para tão pouco espaço, para tão pouco ar.
Como é que se vive bem neste lugar? Como é que se deixa o trabalho - escravidão consentida - e se caminha para a própria casa sem se importar com a miséria humana, sem se sujeitar à melancolia, à muita depressão que nos acomete neste ir e vir pelo rio Aqueronte, um inferno sem flores, sem sorrisos, sem suavidade. Como é possível não sonhar como um mundo que seja todo diferente, cujo ambiente nos envolva com doçura, elegância, nos incentive mais a gostar da vida, nos incentive mais a largar o sorriso na cara, que nos faça melhores humanos?
Cada vez mais a cidade vai num apodrecer, num enlouquecer de nervos, que nos infecta, nos derruba. E cada vez mais é difícil se chegar em casa sem uma pesada depressão a nos levar para o chão das idéias.
E eu lhes pergunto: como é possível se viver neste caos? O cansaço me arrastou à minha casa, onde me sentei no sofá e meu corpo pareceu pesado e espancado por mãos de boxeador treinado. Eu estava cansado, como se tivesse passado a tarde a carregar pedras por algum descaminho. Mas carregava comigo apenas o estresse e a sujeira de um mundo contaminado de gente, cuja população é seis, sete vezes maior que o cabível para tão pouco espaço, para tão pouco ar.
Como é que se vive bem neste lugar? Como é que se deixa o trabalho - escravidão consentida - e se caminha para a própria casa sem se importar com a miséria humana, sem se sujeitar à melancolia, à muita depressão que nos acomete neste ir e vir pelo rio Aqueronte, um inferno sem flores, sem sorrisos, sem suavidade. Como é possível não sonhar como um mundo que seja todo diferente, cujo ambiente nos envolva com doçura, elegância, nos incentive mais a gostar da vida, nos incentive mais a largar o sorriso na cara, que nos faça melhores humanos?
Cada vez mais a cidade vai num apodrecer, num enlouquecer de nervos, que nos infecta, nos derruba. E cada vez mais é difícil se chegar em casa sem uma pesada depressão a nos levar para o chão das idéias.
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terça-feira, agosto 14, 2007
Clássico moderno.
Vivem me chamando de museu, atacando-me (ou elogiando-me) de sujeito desatualizado, preocupado demais com a canção dos anos 40, do século XVIII ou com os versos suaves que ecoavam na voz de Frank Sinatra. Nem sou de debater, desmentir o que é óbvio. Mas vez ou outra eu também olho para o presente. Durante a minha ausência neste blog, quando estive a escrever Fenices e um outro romance, o qual ainda não terminei, fiz certas atualizações e pude comprovar que ainda há criatividade no mundo da música gringa. Christina Aguilera, tão bonita quanto talentosa, moça de boca sensual e olhar sagitariano, vivia de um repertório efetivamente sem graça, até que apareceu com Back to Basics, álbum com momentos brilhantes. Um dos momentos mais interessantes é Candyman, cujo vídeo é já um clássico moderno no universo colorido dos vídeoclipes.
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17
Desde o ano passado venho eu seguindo com a lista das cem canções que mais me comoveram nesta vida de ir e vir, perder e ganhar, bocejar e gritar. Na 17ª colocação, um clássico brasileiro de fazer inveja a qualquer músico do mundo. João Gilberto - ufa! - canta com elegância desmedida a maravilhosa A Brisa e Eu, de Johnny Alf. Uma lindeza só. E nestas horas eu me agradeço, feliz com o meu bom gosto e a minha capacidade de ouvir canções tão distantes dos ouvidos do populacho. Não que isto me leve a algum paraíso ou absoluto sucesso. Apenas me regozijo com mais sabores.
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segunda-feira, agosto 13, 2007
Imaginários.
Cat Power e a canção From fur city. Bem bacana e simples. Aliás, dedico-a a alguns amigos, os quais ainda possuem alguma serenidade. Porque, creio eu, a serenidade dos moradores desta imensa cidade bagunçada vai se esvaindo pelo ralo a cada dia.
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Segunda-feira e Lady Marmalade.
Há alguns bons anos, havia um pessimismo grave em relação ao destino da música popular. Tudo nos parecia mesmo uma grande besteira sem barranco pra encostar. Mas desconfio eu que os produtores - sobretudo os produtores - reencontraram as fórmulas para uma música de fácil degustação, mas com algum sabor, com doses altas de cores e misturas de tudo o que já houve. Os últimos discos de Beyonce e Christina Aguillera são dois bons exemplos de álbuns interessantíssimos, graças aos talentos vocais das moças e aos arranjos competentes, com produção caprichada e criativa. E nesta semana de um agosto que vem monótono, ao menos para esta criatura em recessão econômica, vejamos vídeos destas e de outras cantoras jovens e bem nutridas. Comecemos com um vídeo já bem antigo, dos tempos do clássico Moulin Rouge, de Baz Luhrmann. Lá se vão seis anos do lançamento do filme, mas ainda vai entrando pelos olhos com boa fartura. Pink, Lil Kim, Aguillera e Mya interpretam Lady Marmalade.
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